domingo, 6 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO DO CAMPO


... Então o camponês descobre que, tendo sido capaz de transformar a terra, ele é capaz também de transformar a cultura, renasce não mais como objeto dela, mas também como sujeito da história”.
Paulo Freire


 Eu voltei e agora é pra ficar. Porque aqui, aqui é meu lugar...! Não levo muito jeito para cantar, então, o melhor é fazer aquilo que sei e que gosto. ESCREVER!
Pois é amig@s e companheir@s de viagem pelas Histórias e Memórias de uma Vida, eu voltei. Estive ausente do blog, durante o mês de outubro, porque fui convidada para fazer um trabalho muito bacana em alguns interiores do estado. Assim, fiquei um pouco atolada de trabalho, pois foi necessário planejar algumas atividades que seriam desenvolvidas nos polos de trabalho, em seguida vieram as sistematizações das ações realizadas e, por último, o que exigiu mais tempo, a escrita dos relatórios. Sim, relatórios! Um para cada polo. Quase fiquei maluca! Mas, no final, deu tudo certo! Começaremos falando um pouco desse trabalho que foi muito gratificante.
A proposta de trabalho era participar de seminários regionais, como mediadora, cujo objetivo era discutir a realidade atual da Educação do Campo no Estado da Bahia, bem como construir elementos propositivos que contribuam para a construção das Diretrizes Estaduais da Educação do Campo, visando resolver os problemas identificados. Fiquei responsável pela mediação das discussões no Grupo de Trabalho (GT1) que trazia a seguinte temática: “Infraestrutura e Recursos Pedagógicos” na Educação do Campo.
É importante ressaltar que um dos aspectos primordiais no papel do mediador é a intervenção. Imbuídos deste pensamento, procurei estar sempre atenta observando o empenho dos participantes na atividade proposta, assim como suas estratégias de resolução das situações-problemas que, por ventura, viessem a surgir para poder intervir de forma incisiva, visando provocar uma ação inquiridora, reflexiva e crítica por parte dos sujeitos envolvidos.
Assim, procurei estimular a partição dos sujeitos envolvidos através da dinamização das discussões estabelecidas e intervi nas discussões de grupo com o objetivo de garantir a qualidade das mesmas; uma vez que essas discussões precisavam ser "alimentadas" com questões que ajudassem a pensar, a refletir e a decidir.
O grupo procurou ser autêntico, expressando claramente suas ideias e opiniões. Demonstrou responsabilidade e dedicação para com a educação do campo, apesar das muitas dificuldades encontradas no dia-a-dia. A grande maioria tem a compreensão da educação do campo como prática social; prima pela universalização e democratização da educação do campo para aqueles que vivem no/do campo; buscam a construção de novas possibilidades de vida e permanência nestes territórios; lutam pelo respeito à diversidade cultural e valorização da identidade dos sujeitos do campo. Enfim, batalham pelo direito de redesenhar as funções e papéis da escola do campo, incluindo suas práticas pedagógicas, estratégias e ações que deem conta de atender as necessidades e especificidades das comunidades do campo. Isso porque acreditamos que a história nos faz, refaz e é feita por nós continuamente”, como já dizia Freire.
Seminário Regional da Educação do Campo /
Polo de Macaúbas - Bahia
Seminário Regional da Educação do Campo /
Polo de Bom Jesus da Lapa - Bahia










Seminário Regional da Educação do Campo /
Polo de Jacobina - Bahia


A educação é uma das dimensões necessárias para a transformação da sociedade, em busca de um país mais justo e igualitário. Contudo, o que vemos na educação brasileira, principalmente, no que se refere à educação do campo, é o esquecimento e o descaso. Nunca houve políticas específicas para a educação do campo. Seu atendimento se dava por meio de campanhas, projetos e políticas de compensação, desprezando as especificidades dos povos do campo, que acabavam excluídos do processo educativo.
Hoje, a educação do campo está em processo de desenvolvimento. Entretanto, esse processo acontece de forma muito lenta, marcado pelo início da história do país, que embora seja de origem notadamente agrária, jamais mencionou essa modalidade de ensino em seus textos constitucionais, até 1891.
Diante desse contexto, muitas lutas foram travadas e algumas vitórias conquistadas. Assim, a educação “que chamamos hoje de Educação do Campo, nasceu dos movimentos sociais camponeses, em contraponto à educação rural. Nasceu vinculada aos trabalhadores pobres do campo, aos trabalhadores sem-terra, sem trabalho, dispostos a reagir, a lutar, a se organizar contra o “estado de coisas”, para aos poucos, buscar ampliar o olhar para o conjunto dos trabalhadores do campo” (CALDART, 2008). Essa história de batalha e de luta contínua pôde se observada claramente, através das vozes dos sujeitos envolvidos no processo da educação do campo, participantes do GT1.
A educação visa à construção de uma nova realidade social mediatizada pelo diálogo e, é pelo diálogo que os homens transformam o mundo e ganham significação enquanto homens. Só o diálogo abre um canal de possibilidades e oportunidades para a ação, o trabalho, a prática, a divisão de tarefas de forma combinada e em cooperação entre os pares. É num espaço assim, que o ato de mediar encontra campo para integrar a reflexão e a ação. E foi o que fizemos no Grupo de Trabalho infraestrutura e os recursos pedagógicos da educação do campo.
De acordo com as falas dos integrantes do GT, a infraestrutura precária e a falta de recursos pedagógicos que atendam as necessidades da educação do/no campo, levando em conta as suas particularidades e especificidades, é uma realidade. Segundo eles, a falta de bibliotecas e videotecas, salas de leitura, laboratórios de informática e de ciências, auditórios para apresentações de atividades pedagógicas e culturais, espaços recreativos e quadras de esportes, docentes qualificados para atuarem na educação do/no campo e infraestrutura de qualidade prejudica a aprendizagem dos educandos.
No que se refere à infraestrutura das escolas, um estudo desenvolvido pela UNESCO (2008) revela que o Brasil investe pouco nos primeiros anos do Ensino Fundamental. A pesquisa, ainda faz um alerta para a precariedade e falta de infraestrutura, sobretudo, nas escolas rurais. Segundo o estudo, no Brasil, metade dos alunos em áreas rurais frequenta salas de aula deterioradas e prédios em más condições, enquanto na área urbana esse percentual é inferior a 30%. Outro dado alarmante é que no Brasil mais de 10% dos alunos estudam em escolas que não dispõem de água potável.
Ainda em relação à infraestrutura das escolas, uma pesquisa realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), revela que a infraestrutura das escolas é fator decisivo para uma aprendizagem mais significativa. O BID analisou dados de 3 mil colégios de ensino fundamental, urbanos e rurais, em 16 países da América Latina. A análise foi feita em 2006 e mostra que o desempenho dos educandos que estudam em espaços com boa infraestrutura é superior ao dos que estão em escolas precárias e sucateadas.
As discussões no GT focaram várias problemáticas, sendo essas as mais recorrentes:
<  Professores sem formação para atuar no campo, sem conhecimento sobre a acultura e os saberes da diversidade de formas de vida no campo;
<  Grandes distâncias entre casa, escola e trabalho (nucleação extracampo);
<  Falta de transporte para os alunos do Ensino Médio;
<  Currículo inadequado, baseado na visão urbanista;
<  Falta de material e orientação pedagógica condizentes com a realidade dos sujeitos que vivem no/do campo;
<  Instalações físicas precárias (muitas vezes sem condições para o desenvolvimento de práticas pedagógicas) e sem acessibilidade aos educandos com necessidades especiais;
<  Falta de bibliotecas com acervo atualizado e contextualizado, laboratórios de informática, espaços recreativos, quadras poliesportivas e etc.;
<  Ausência de mobiliário de qualidade e em número suficiente para as salas dos alunos, bem como diretoria e sala dos professores;
<  Falta de sustentabilidade financeira para custeio das ações, principalmente, das Escolas Famílias Agrícolas, entre outras. 
Outro grande problema relacionado à educação do campo é a falta de políticas públicas que atendam as necessidades dos povos do campo. Corroborando com nosso pensamento, Arroyo, Caldart e Molina (2009) destacam o seguinte: 
Um dos problemas do campo no Brasil hoje é a ausência de políticas públicas que garantam seu desenvolvimento em formatos adequados à melhoria de qualidade de vida das pessoas que ali vivem e trabalham. No contexto atual do nosso país, defender políticas específicas para o campo não significa discriminá-lo ou pretender insistir numa postura dicotômica entre rural e urbano. Ao contrario, no nosso caso, precisamos de políticas especificas para romper com o processo de discriminação, para fortalecer a identidade cultural negada aos diversos grupos que vivem no campo, e para garantir atendimento diferenciado ao que é diferente, mas que não deve ser desigual (ARROYO, CALDART, MOLINA, 2009, p. 49).
Por iniciativa dos movimentos sociais, e em especial o MST, a educação do campo tem vivenciado uma série de episódios importantes, desencadeando reflexões que vem interferindo de maneira positiva, tanto na valorização e fortalecimento da identidade dos povos que vivem no campo, quanto na reestruturação do desenho didático-pedagógico que busca atender as necessidades dos sujeitos do campo, respeitando sua cultura e peculiaridades locais.
 Desde os “anos 90, os povos organizados do campo conseguem agendar na esfera pública a questão da educação do campo como uma questão de interesse nacional ou, pelo menos, se fazem ouvir como sujeitos de direito” (MEC, 2006, p. 22).
Entretanto, apesar dos avanços e das conquistas no desenvolvimento da educação do campo, muito ainda há por ser feito. A educação do campo ainda é carente de iniciativas políticas que ofereçam a sua população uma estrutura escolar e de ensino que atenda a seus anseios, necessidades e especificidades.
Dessa forma, o propósito da construção de proposições para subsidiar a construção das Diretrizes Estaduais da Educação do/no Campo é mais um passo dado rumo a uma Educação do/no Campo de qualidade, que se materializa a partir do desafio de transformar realidades, desconstruindo pré-conceitos veiculados pelo pensamento urbanista e respeitando a diversidade que se constitui das diferenças que assinalam a identidade de cada pessoa, de cada povo, tornando-os diferentes. Assim, conforme proposta da Coordenação da Educação do Campo do estado da Bahia, ao se construir proposições busca-se garantir condições favoráveis para que os povos do campo não tenham o êxodo como única alternativa e possam optar por permanecer e viver bem no campo, se esse for seu desejo.
Os sujeitos participantes do GT1 são professores de escolas situadas no campo, incluindo os anexos, extensões e escolas situadas na área urbana, mas que atendem educandos que residem no campo; coordenadores pedagógicos; gestores de escolas estaduais e municipais; monitores; técnicos administrativos; representantes de movimentos sociais e sindicais, com experiência em educação do campo entre 2 (dois) e 18 (dezoito anos), oriundos dos seguintes municípios: América Dourada, Andaraí, Bom Jesus da Lapa, Botuporã, Caculé, Caetité, Caldeirão Grande, Correntina, Gentil do Ouro, Guanambi, Ibipitanga, Lagoa Real, Macaúbas, Miguel Calmon, Morpará, Morro do Chapéu, Mundo Novo, Muquém do São Francisco, Oliveira dos Brejinhos, Ourolândia, Paramirim, Parantinga, Quixabeira, Ruy Barbosa, Santana, São Félix do Coribe e Serra do Ramalho, Utinga, Várzea do Poço e Várzea Nova.
Seminário Regional da Educação do Campo / 
Polo de Jacobina
Seminário Regional da Educação do Campo / GT "Infraestrutura 
e Recursos Pedagógicos"
Polo de Macaúbas










Seminário Regional da Educação do Campo / Apresentação 
de alunos do Colégio Luís Eduardo Magalhães
Polo de Bom Jesus da Lapa

Finalizando, quero dizer que o trabalho de mediadora “como um todo” foi muito gratificante. Tive a oportunidade de conhecer pessoas “diferentes”, com ideias diferentes, compartilhando experiências diversas onde, juntos, nos apropriamos de novos saberes.
É isso aí, galera! Até a próxima!

REFERÊNCIAS

ARROYO, M., CALDART, R. S. e MOLINA, M. C. Por uma Educação do Campo. Petrópolis: Vozes, 2009.

BID. Infraestructura Escolar y Aprendizajes en la Educación Básica Latinoamericana: Un análisis a partir del SERCE. 2006. Disponível em <http://idbdocs.iadb.org/wsdocs/getdocument.aspx?docnum=36201660>

BRASIL. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Resolução CNE/CEB n 1, de 3 de abril de 2002. BRASIL. Resolução
CNE / CEB nº 2, de 28 de Abril de 2008.

CALDART, R. S. Educação do Campo: notas para uma análise de percurso. Texto da exposição feita no minicurso sobre Educação do Campo, na 31ª Reunião Anual da ANPED. Caxambu, 20 e 21 de outubro de 2008.

FARIAS, H. Processo Histórico e Político da Educação do Campo no Brasil. Centro Transdisciplinar de Educação do Campo e Desenvolvimento Rural – CETEC. Universidade de Brasília. Disponível em: <http://www.slideshare.net/wanessad/historico-educao-do-campo-presentation>

FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

____. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, São Paulo: Paz e Terra, 1997.

MEC. Cadernos Didáticos sobre Educação do Campo - 1. Educação rural. 2. Educação no campo. 3. Educação e sociedade. I. Taffarel, Celi Nelza Zülke.
II. Santos Júnior, Cláudio de Lira. III. Escobar, Micheli Ortega. IV. D’Agostini, Adriana. V. Figueiredo, Erika Suruagy Assis de. VI. Titton, Mauro. VII. Título. 2010

____. Conselho Escolar e a Educação do Campo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/cad%209.pdf>

SILVA, M. S. Educação do Campo e Desenvolvimento: uma relação construída ao longo da história. Faculdade de Educação da UnB e consultora técnica da SDT. Disponível em: <http://www.contag.org.br/imagens/f299Educacao_do_Campo_e_Desenvolvimento_Sustentavel.pdf>

UNESCO. Una mirada al interior de las escuelas primarias - Estudio comparativo realizado en el marco del proyecto de Indicadores Mundiales de Educación, Instituto de Estadística de la UNESCO: Montreal, 2008.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

EJA NA DIVERSIDADE


“O tempo pode ser medido com as
batidas de um relógio ou pode ser medido com
as batidas do coração”.
Rubem Alves

Olá meu povo, e então quais as novidades? É... andei sumida, de novo, pra variar (risos). Estive... bom... (suspiro) deixa pra lá. Hoje, venho falar um pouco de um curso muito legal, no qual estou participando. É o “EJA na Diversidade”. O curso de Educação de Jovens e Adultos (na Diversidade) é um curso de formação continuada para professores da educação básica que atuam na EJA, ofertado na modalidade à distância pelo sistema da Universidade Aberta do Brasil. Como exige a lei, o curso tem alguns encontros presenciais e, objetiva formar professores e profissionais da educação, capazes de compreender os saberes e estratégias metodológicas da educação de jovens e adultos, assim como os temas da diversidade para introduzi-los transversalmente na prática pedagógica da escola.
Esse curso considera as especificidades da realidade brasileira, em particular na que se refere às políticas públicas educacionais de educação de jovens e adultos (EJA), com o objetivo de garantir oferta qualificada de educação de jovens e adultos para atender ao preceito constitucional da educação como um direito de todo cidadão e dever do Estado.
O curso de aperfeiçoamento EJA na Diversidade, oferecido pela UFBA/FACED, tem possibilitado o aprimoramento dos meus conhecimentos a cerca de muitas temáticas. Através da interação entre os participantes, da partilha de saberes e das discussões em torno de temas estabelecem-se as dúvidas, promove-se o diálogo e chega-se a aprendizagem coletiva.
Do início do curso até o presente momento, essa aprendizagem colaborativa tem sido muito favorecida pelo desempenho de web tutoras que vêm atuando como mediadoras e catalisadoras no processo de aprendizagem e produção de saberes. 
As atividades propostas nos auxiliam no processo de construção do conhecimento. Quando se realizam as discussões em torno dos pontos de vista e interpretações individuais a partir das ferramentas disponibilizadas no Moodle, surge um processo de (re)significação de saberes. Assim, enquanto estudamos obtemos um retorno para as questões em pauta e estabelecemos com o AVA (ambiente virtual de aprendizagem) uma relação participativa e produtiva. O que mais tem me motivado, até o momento, é a participação do grupo, onde todos se colocam como "aprendizes" e ao mesmo tempo como "ensinantes".
Éhhhhhhhhhhh! É o avanço tecnológico possibilitando uma nova realidade educacional: o ensino mediado pelo computador é a prova disso. A EAD apoiada por Ambientes Virtuais de Aprendizagem tem tido uma expansão muito rápida nos últimos anos. Mas, voltando ao curso posso dizer que estou encantada, pois sou apaixonada pela EJA e poder compartilhar essa paixão com outras pessoas, trocar idéias, figurinhas... (risos) tem sido maravilhoso!
As discussões dos fóruns, por exemplo, têm contribuído muito para a construção de novos conhecimentos e/ou ressignificação de muitos outros. Pois, as temáticas abordadas são muitíssimo pertinentes, o que nos instiga a participar, a discutir, interagir e mediar informações valiosíssimas para o aprendizado de todo o grupo.
4  Falamos sobre o conceito de Diversidade;
4  Discutimos sobre as concepções de Educação de jovens e Adultos;
4  Opinamos sobre pressupostos teórico-metodológicos de formação de educadores da EJA;
4  Dialogamos sobre os Movimentos Sociais e o legado para a Educação de Jovens e Adultos;
4  Argumentamos sobre os sujeitos da EJA;
4  Debatemos sobre o currículo da EJA;
4  Refletimos sobre aspectos normativos no campo da EJA e, ainda temos muitos outros temas para discutir. 
Tenho realizado muitas leituras e muitos estudos acerca desses temas e acredito que, quando se oportuniza cursos de formação para professores, vislumbra-se a possibilidade de atender de forma efetiva, profissionais que aceitam o desafio de trilhar por novos caminhos que levam a uma educação de qualidade. Esses cursos têm como objetivo a interiorização do conhecimento e a democratização do saber construído de forma coletiva e interativa.
Estou lendo e estudando muito para poder contribuir de maneira significativa nos fóruns de discussão. Afinal de contas, sou responsável não apenas pela minha aprendizagem, mas também pela aprendizagem dos meus colegas! (risos...)
O grande desafio tem sido conciliar trabalho e estudo num tempo tão curto para desenvolver tantas ações cotidianas. É a velha luta para não viver oprimida pelo Chrónos, buscando colocar um pouco de Kairós no dia-a-dia. Almejo sucesso no curso onde começo mais uma caminhada em busca de saberes diversos!
Então, é isso aí! Fica a dica para quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o curso, acessar o link http://www.lepeja.faced.ufba.br/eja.html
Um grande abraço e até a próxima!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A EJA NO CONTEXTO TECNOLÓGICO

Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças!
As pirâmides que novamente construíste
Não me parecem novas, nem estranhas;
Apenas as mesmas com novas vestimentas.
William Shakespeare


Olá meus companheiros de Histórias e Memórias, aqui estou novamente! Pois é, lá vamos nós outra vez!

Na última postagem, vimos um pouco sobre a importância de alguns programas de alfabetização de jovens, adultos e idosos na vida de algumas pessoas. Tivemos alguns depoimentos emocionantes e pudemos perceber o impacto que o aprender a ler e escrever provoca nas vidas das pessoas. Histórias interessantes, posso dizer! Hoje, quero atrelar dois temas que me fascinam muito: “Educação de Jovens e Adultos” (como todos já sabem) e as “Novas Tecnologias da Informação e Comunicação”. Sim, também sou uma apaixonada pelas tecnologias, pois elas exercem um poderoso fascínio sobre mim. Assim, resolvi escrever algo que tratasse dessas duas grandes paixões da minha vida profissional. 
Comecei a pensar no assunto há muito tempo, porém a oportunidade surgiu quando fui selecionada para um curso de Especialização em 2009 (minha segunda pós, na verdade). Essa Especialização era a distância, com encontros presenciais, como exige o MEC. Foi uma experiência muito interessante, pois o avanço tecnológico vem possibilitando uma nova realidade educacional: o ensino mediado pelo computador, por exemplo.
Como aluna de um curso em EAD, aprendi a organizando melhor o meu tempo e a me disciplinar mais em relação aos meus muitos compromissos. A autonomia no gerenciamento dos meus horários de estudo era uma grande motivação para o desenvolvimento das atividades propostas pelo curso. A facilidade de interação com os meus colegas foi outro fator que me motivou bastante e elevou as minhas expectativas em relação ao curso, pois essa interação possibilitava a troca de conhecimento entre nós, o que favorecia, e muito, a minha aprendizagem.
As ferramentas do Moodle como os chats, os fóruns, os glossários e os links, entre outras, promoviam a interação e a participação de todos. Havia muita cooperação e colaboração para o aprimoramento da aprendizagem de todo o grupo; visto que as construções individuais eram enriquecidas constantemente por opiniões, idéias e conclusões de todos os participantes que se colocavam como “aprendizes” e, ao mesmo tempo, como “ensinantes”.
Então, para o desenvolvimento da minha pesquisa, escolhi o tema “A implicação das novas tecnologias da informação e comunicação na formação do sujeito da Educação de Jovens e Adultos”, como objeto de investigação. A partir do meu cotidiano profissional e dos sujeitos da pesquisa, busquei compreender como acontece o processo de aprendizagem do sujeito da EJA e a construção do conhecimento mediados pelas novas tecnologias da informação e comunicação, bem como estabelecer se há relação entre o uso das TICs como dispositivos educativos e a expansão da capacidade crítica e criativa dos indivíduos envolvidos nesse processo.
Realizei muitas leituras e estudos acerca desse tema e para subsidiar a pesquisa utilizei autores envolvidos tanto com as novas tecnologias da comunicação e informação, quanto com a educação de jovens e adultos tendo em vista a abordagem da relação entre ambas. Também consultei leis e decretos.
Na LDB, por exemplo, ao se realizar uma análise crítica da leitura do Capítulo III, Seção V, percebe-se que está presente na Lei, de forma clara ou implícita nas entrelinhas, como a educação à distância e as novas tecnologias são fundamentais para jovens e adultos.
Art. 39º. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
Entretanto, apesar de constar na LDB, o uso das tecnologias como instrumentos importantes à Educação, observamos que a situação do jovem e do adulto no Brasil é bastante preocupante. Segundo dados da pesquisa realizada pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA), sobre o uso das TICs no Brasil, apenas 18.5% da população brasileira possui computador em casa e, somente 13,6% tem acesso direto à internet em seus domicílios.
Numa análise por região, os dados ainda revelam profundas desigualdades, no que se refere ao acesso à internet direto de casa. “Em um extremo, o Norte e o Nordeste, com 4,9% e 5,7% de sua população de 10 anos e mais de idade com acesso à Internet no domicílio e 12% e 11,9% dessa mesma população usuária de Internet. Em outro extremo, as regiões Sudeste e Sul, com 20,8% e 18,6% de sua população de 10 anos e mais de idade com Internet no domicílio e 26,3% e 25,6% dessa população usuária de Internet” (RITLA, 2007, p. 15).
Os dados comprovam que a maior parte da população brasileira ainda está excluída dos dispositivos, da linguagem e das ferramentas digitais. São milhões de brasileiros e brasileiras sem acesso à internet - um dos principais meios de comunicação, fonte de informação e pivô do novo rumo da economia mundial. Dessa forma, além da exclusão educacional e social, testemunhamos ainda a exclusão digital. Assim, o grande desafio das instituições sociais, em especial, as escolas, para a inclusão digital dos sujeitos, principalmente, os alunos da EJA, é a demacratização das novas Tecnologias da Informação e Comunicação. 
Além da introdução e das considerações finais, o trabalho foi estruturado em três capítulos. O primeiro mostra a trajetória da Educação de Jovens e Adultos num breve histórico, trazendo um pouco das lutas e conquistas dos sujeitos envolvidos nesse segmento social e culminando no seu contexto atual. O segundo trata sobre as novas tecnologias da informação e comunicação e seu impacto na educação contemporânea. O terceiro apresenta os sujeitos da pesquisa, traz o percurso metodológico e a análise dos dados, onde são detalhados os resultados obtidos através dos instrumentos utilizados. Bom, vou pegar apenas alguns trechos do capítulo III para colocar neste post.
Os alunos da EJA são sujeitos diversos: jovens, adultos e idosos, homens e mulheres pertencentes a coletivos populares e, que, na visão de Arroyo (2005),
Desde que a EJA é EJA (...) são os mesmos: pobres, desempregados, na economia informal, negros, nos limites da sobrevivência. São jovens e adultos populares. Fazem parte dos mesmos coletivos sociais, raciais, étnicos, culturais ((ARROYO, 2005, p. 8).
Através de relatos de vida, compreendemos que, independente do sucesso ou insucesso na sua trajetória escolar esses sujeitos exercem vários papéis importantes para a sociedade, pois são mães, pais, avós, diaristas, balconistas, motoristas, pedreiros, membros de associações de bairro, pessoas com dons artísticos, etc. São sujeitos que buscam aprender "nas mais diferentes formas de trabalho, de organização social (família, igreja, comunidade, associações, sindicatos, etc.) e ainda, no espaço e tempo dos seus filhos e netos" (MALTA, 2010, p. 8).
Os jovens, adultos e idosos que buscam na Escola uma aprendizagem que atenda às suas necessidades atuais, compõem um universo de pessoas com anseios e sonhos. Segundo nossos estudos, para muitos, a escola é a oportunidade de consegui um emprego melhor, o que exige deles estudo e dedicação. É o que podemos observar no depoimento do aluno identificado como depoente 1.
Bom, eu vi em mim a necessidade, né? De voltar a estudar, porque como eu já falei no mercado de trabalho, agente... exige isso da gente, né? Cobra muito da gente o estudo. Então eu percebi também que eu estava ficano pra trás, né? E as outras pessoas avançano. Então observando isso, percebi a necessidade de voltar a estudar que pra mim é muito importante (Depoente 1, 32 anos, aluno da EJA).
Na pesquisa, busquei saber em que medida as novas tecnologias da comunicação e informação influenciam na formação dos sujeitos estudantes da EJA. Para tanto, procurei num primeiro momento compreender um pouco mais sobre os jovens, os adultos e os idosos estudantes dessa modalidade de ensino, refletindo e discutindo as concepções de juventude, adultez e envelhecimento postas na contemporaneidade.
No pensamento de Brunel (2004), conhecer o jovem é muito importante para mudarmos nossas concepções sobre ele. Mas, o que é ser jovem?
Levando em consideração as correntes geracionais e classistas, tentamos definir essa figura social. Segundo Hack (2007),
As teorias ditas geracionais concebem a juventude como um ciclo ou uma etapa cronológica de passagem para a vida adulta e, portan­to, reforçam a noção de unidade da condição juvenil. Nesta direção, as análises têm destacado os aspectos simbólicos sobre como a sociedade constrói os significados a respeito dos jovens, fazendo com que a juven­tude seja compreendida de forma abstrata (HACK, 2007, p.53).
Santos e Antunes (2007, p. 150), acreditam que “estudar e entender a adultez é conhecer e perceber o que a sociedade busca em termos de futuro, e qual ideário social está construindo”. Baseado em seus estudos, concebemos a adultez como a fase mais longa da existência humana, onde a maturidade e a experiência trazem às pessoas responsabilidades bem mais complexas que em fases anteriores.
Para kalache, Veras e Ramos (1987, p. 2), “o envelhecimento da população mundial é um fenômeno novo ao qual mesmo os países mais ricos e poderosos ainda estão tentando se adaptar”.
Em relação à velhice na Educação de Jovens e Adultos, os estudos de Lins (2008) nos mostram que:
Os idosos e as idosas que estão nas classes de Educação de Jovens e Adultos estão inseridos no contexto do processo de envelhecer vivido pela humanidade. No entanto, todos pertencem à classe popular e estão submetidos a um processo de desigualdade social em que suas necessidades não são atendidas. Estão em desvantagem social em relação a outros homens e mulheres que envelhecem, mas que têm acesso às condições necessárias a uma vida digna (LINS, 2008, p. 85).
Assim, diante do exposto, considerando que a Educação de Jovens e Adultos deve levar em conta as especificidades dos tempos e idades da vida humana, faz-se necessário aprendermos a lidar, não apenas com as diversidades culturais, étnico-racias, sociais, mas também com essas diferenças temporais.
Foram três meses de interação com a comunidade escolar, com vistas a obter a confiança, o entendimento e a permissão necessários para a materialização dos estudos a qual me propus a realizar. A fonte da amostra da pesquisa originou-se da aplicação de questionários e da realização de entrevistas semi-estruturadas.
Segue alguns trechos do resultado da pesquisa:

A)   APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO












Segundo informações obtidas durante as visitas realizadas à escola onde se deu a pesquisa, soubemos que apenas um professor (que lecionava a disciplina de Matemática) utilizava o laboratório de informática com seus alunos, o que explica o fato de apenas 9% dos alunos pesquisados terem acesso ao computador e a internet dentro da escola.










O gráfico referente ao desempenho dos alunos da EJA, sujeitos da pesquisa, revela que a grande maioria deles sente dificuldades em utilizar o computador e a internet. 








O gráfico analisado revela que quase metade dos alunos pesquisados não usa a internet. Fato que é retratado por Franco (2003), quando ele afirma que os estudantes da Educação de Jovens e Adultos são os mais excluídos do acesso às tecnologias digitais.
Outro dado que merece destaque é o fato de que, dos alunos que tem acesso a internet, 31% navegam na web a procura de diversão, ou seja, eles não utilizam a ferramenta com fins de aprendizagem.








Fazendo a análise do gráfico acima, percebemos que os estudantes da EJA são conscientes dessa assertiva, onde 98% deles concordam que a internet e o computador são instrumentos importantes para a sua formação. E, quando questionados de o porquê dessa opinião, não pensaram duas vezes para responder que o principal motivo é a oportunidade no mercado de trabalho, como nos mostram os resultados do gráfico seguinte.









A)   ENTREVISTA

Os discursos de jovens e adultos estudantes da EJA, sobre a relação entre o acesso às novas tecnologias da informação e comunicação atrelada à aprendizagem, deixam claro a consciência desses sujeitos quanto à importância do uso das novas TICs para sua formação. As perguntas seguiram em direção do uso/não uso das tecnologias na EJA e qual a relação que esses sujeitos têm com as mesmas.


Olha, ainda não tive assim a oportunidade de aprender, né? Eu tenho vontade, mas ainda não dei início ainda a nenhum curso. Comecei fazer um curso aqui mesmo no bairro, de manutenção de computador, mas até mesmo pelo tempo não tive condição de terminar (Depoente 1, 32 anos, aluno da EJA).

Esse ano, até agora, a gente ainda não teve acesso ao computador e nem a internet. Então é uma coisa que eu tava até perguntando aos colegas, por que até hoje a gente ainda não teve acesso? Na escola tem o laboratório, mas tá muito restrito pra gente ainda (Depoente 5, 31 anos, aluno da EJA).

A minha maior dificuldade é que eu não tenho acesso nenhum ao computador. Apesar de hoje tá mais fácil pras pessoas ter, mas é, ainda não tenho computador em casa e não tenho acesso na escola. Não tenho habilidade nenhuma, ainda (Depoente 3, 35 anos, aluna da EJA).

É, eu pude fazer... eu pude, eu pude acessar, né? Um site pra pesquisa de uma atividade aqui da escola mesmo. Então, aquilo eu fiquei todo empolgado, né? Querendo, né? Com sede mais daquilo ali, mas a gente até agora ainda não teve mais acesso aqui na escola. Não tenho assim, acesso ao computador pra trabalho, né? Nem, nem sei muito mexer no computador (Depoente 1, 32 anos, aluno da EJA).

Desde o momento que a gente saiba usar as tecnologias pra fins, é, que possa ajudar a gente, que seja uma coisa, que possa dar vantagem a gente, assim no estudo, na educação, acho que a gente pode tirar muito proveito disso aí. Até mesmo porque, hoje a gente pra trabalhar, a gente precisa ter contato com a internet, a gente precisa ter conhecimento de tudo isso. A gente precisa saber usar o computador (Depoente 3, 35 anos, aluna da EJA).
Nas falas dos depoentes é nítido o desejo da incorporação das novas tecnologias, especialmente do computado, em seus cotidianos. Esse acesso representa para muitos a porta de entrada para o mercado de trabalho. Entretanto, com base em nossos estudos, observamos que apesar da grande maioria dos alunos da EJA não terem acesso às novas tecnologias nas instituições escolares, as políticas de inclusão desses sujeitos na sociedade da informação, ainda são insuficientes.
Assim, diante desse cenário, é preciso refletir sobre os caminhos que possam nos levar à efetivação das aprendizagens escolares dos alunos jovens, adultos e idosos, introduzindo os dispositivos tecnológicos à prática escolar das instituições de ensino.
Acreditamos que para resolver a problemática da exclusão digital, se faz necessário a criação de políticas públicas sociais e de ações educativas voltadas para esse fim. É preciso democratizar o acesso às TICs a toda população, visando à inserção dos sujeitos, digitalmente excluídos, na sociedade da informação. Para tanto, para que de fato a inclusão digital aconteça não basta apenas disponibilizar aos sujeitos excluídos do universo digital, um computador conectado a internet. É preciso que esses sujeitos saibam o que fazer com as ferramentas e informações a eles disponibilizadas.
Com este trabalho buscamos contribuir para uma melhor compreensão do uso e papel que as novas tecnologias, tão presentes na sociedade contemporânea, representam para a Educação de Jovens e Adultos, com vistas a promover uma reflexão de como podemos incorporar esses dispositivos tecnológicos, de forma eficaz e eficiente, no processo de ensino-aprendizagem da EJA.

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