quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ETAPA I DO PROGRAMA TOPA



“O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”.
Eleano Roosevelt

Na postagem anterior, conhecemos um pouco sobre o Programa TOPA e agora, iremos conhecer um pouco mais sobre cada uma das suas etapas realizadas.
O TOPA faz parte do Programa (nacional) Brasil Alfabetizado, voltado para alfabetização de jovens, adultos e idosos. Segundo o MEC, o programa Brasil Alfabetizado é uma porta de acesso à cidadania  e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. Ele é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios  que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total,  90%  localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos. Podem aderir ao programa, por meio das resoluções específicas publicadas no Diário Oficial da União, estados, municípios e o Distrito Federal.
A meta do Brasil alfabetizado era reduzir pela metade o analfabetismo no país, até o ano de 2010 e o foco principal era o Nordeste, que agregava 93% dos 1.017 municípios com piores índices de alfabetização. Assim, no lançamento do TOPA, em 09 de maio de 2007, o ministro da Educação Fernando Haddad veio para a apresentação do programa, que ocorreu pela manhã para uma platéia formada por secretários municipais de educação de todo o estado da Bahia, no Centro de Convenções na capital baiana.
Para todos os secretários presentes foram entregues termos de adesão que deveriam ser apresentados numa reunião com os representantes do MEC, na parte da tarde. Eles elaboraram planos de ações pedagógicos e de gestão. “Nós vivemos numa região muito isolada em que a agricultura tem um peso muito forte. Por isso esperamos que com este programa possamos realmente avançar na alfabetização”, diz a secretária municipal de Educação de Coronel João Sá, Maria de Fátima Sobral.
Localizada no nordeste do estado, a cidade de Coronel João Sá com 6.285 habitantes, a 440 km de Salvador, era o município com o maior percentual de analfabetos da Bahia: 51,8%, de acordo com dados do censo do IBGE de 2001. Segundo a secretária sobral, esse número diminuiu até 2007, visto que o município investiu bastante na educação, principalmente de jovens e adultos, nos últimos 5 anos.
Segundo dados do censo de 2001, Coronel João Sá era seguido de perto por Pedro Alexandre (428 km da capital), que é da mesma região, onde o índice de analfabetismo chegava a 50,4%. Ou seja, mais da metade de sua população de um pouco mais 5,1 mil habitantes.
O desafio estava lançado e o TOPA tinha como meta os seguintes números:
• Alfabetizar, durante o quadriênio 2007-2010, 1 milhão de pessoas de 15 anos ou mais.
• Incluir nos sistemas de ensino os egressos da alfabetização do TOPA.
• Alfabetizar, até dezembro de 2007, 100 mil pessoas (etapa I).
• Alfabetizar, até dezembro de 2008, 300 mil pessoas (etapa II).
• Alfabetizar, até dezembro de 2009, 300 mil pessoas (etapa III).
• Alfabetizar, até dezembro de 2010, 300 mil pessoas (etapa IV).
Embora a meta para a Etapa I do programa fosse alfabetizar 100 mil pessoas, segundo a Secretaria da Educação do Estado da Bahia foram alfabetizadas 171 mil pessoas, já no primeiro ano do Programa.
Dos 370 municípios baianos que aderiram ao Programa TOPA no ano de 2007 na 1ª etapa do Programa, 221 ficaram sob a responsabilidade da UNEB.
Eram sete universidades públicas responsáveis pela formação inicial e continuada dos alfabetizadores, coordenadores de turmas e tradutores intérpretes de libras, bem como pelo acompanhamento das ações do programa desenvolvidas em cada município. Ver quadro abaixo:

SEC/SUDEB
Todos Pela Alfabetização - TOPA / 2007
Nº Ord.
Unidade Formadora
Nº de Municípios
TOTAL DE BENEFICIÁRIOS DA FORMAÇÃO INICIAL
Alfabetizadores
Coordenadores
Tradutores e Intérpretes de LIBRAS
Alfabetizandos
Prefeitura
Entidades
TOTAL
1
UNEB
221
10.275
606
54
81.092
46.258
127350
2
UEFS
30
1.080
60
1
11.829
4.613
16442
3
UESB
52
2.283
134
5
21.652
11.290
32942
4
UESC
50
2.015
112
9
16.446
7.804
24250
5
UFRB
8
243
12
2
1.616
749
2365
6
FACSUL
9
902
60
0
0
8.045
8045
7
Vitória da
Conquista

91
9
0
1.170
0
1170
TOTAL GERAL

370
16.889
993
71
133.805
78.759
212.564
Fonte de dados: SBA, 01/10/2007






Na Universidade do estado da Bahia, a formação inicial para o Programa TOPA é organizada pela equipe pedagógica do NEJA, tendo como referências o Plano de Trabalho da própria UNEB e o Plano Pedagógico de Alfabetização (PPAlfa) apresentado pela SEC à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação (MEC) para a realização do Programa Todos pela Alfabetização / Brasil Alfabetizado.
A organização para formação inicial do Programa TOPA seguia os mesmos critérios adotados na época do AJA Bahia, com um agravante, a abrangência do TOPA era dez vezes maior; ou seja, loucura geral!
Em época de Formação, o NEJA mais parece um grande depósito! (risos)
A última foto (á direita) retrata o grupo de Santo Amaro,
já com os portfólios na mão. Ficou legal, hein?

Equipe NEJA na montagem dos portfólios

A equipe cresceu e recebemos mais 13 integrantes para dar conta da demanda exigida pelo programa. De uma equipe formada por 05 pessoas, alcançamos o número de 18, o que ajudou muito, é claro, principalmente em época de formação. Lembra da loucura que era? Entrar em contato com todas as entidades de todos os municípios envolvidos no Programa para marcar a formação e em seguida, fazer contato com restaurantes, lanchonetes, hotéis e pousadas para orçar o valor dos serviços que seriam prestados durante o período formativo. Analisar os valores e a qualidade dos serviços oferecidos e retornar o contato para fechar com os fornecedores que ganhassem na cotação de preços. Fazer contato com os formadores que iriam atuar nos municípios e dar suporte aos mesmos fazendo toda a logística da formação, desde o recurso para custear as suas despesas a detalhadas informações, como: nome das empresas de ônibus que faziam linha para cada município onde haveria a formação, horários de saída e de retorno, valores de passagens, local da formação, etc. e etc. e, muitos outros etc. (risos). Era uma trabalheira só, coisa de louco, maluco mesmo!


Equipe NEJA

Portfólio para a Formação Inicial



Atendendo à solicitação do governador Jacques Wagner, o Reitor da UNEB, profº Lourisvaldo Valentim da Silva, autorizou o NEJA a iniciar a formação do programa em 24 de setembro de 2007, na região Nordeste da Bahia: Adustina; Banzaê; Cícero Dantas; Cipó; Coronel João Sá; Euclides da Cunha; Fátima; Heliópolis; Jeremoabo; Nova Soure; Novo Triunfo; Paripiranga; Pedro Alexandre; Ribeira do Amparo; Ribeira do Pombal; Santa Brígida; Sítio do Quinto e, posteriormente, nos demais município que faziam parte da sua abrangência.
 A aula inaugural aconteceu em 15 de outubro daquele mesmo ano no município de Coronel João Sá e contou com a presença do governador Jacques Wagner, o Reitor da UNEB, Lourisvaldo Valentim da Silva, bem como diversas personagens da política baiana.

Entrada do Município de Coronel João Sá (por Sergipe)

Entrega do 1º Kit Didático do TOPA,
pelo do Governador Jacques Wagner, a uma aluna do Programa

Discurso do Governador Jacques Wagner


E lá estava eu, também! Foi uma viagem longa e cansativa, pois o acesso ao município de Coronel João Sá é bem complicado, visto que a estrada era toda de chão e cheia de buracos. Cheguei já anoitecendo (toda quebrada) e fui dar encaminhamento ás atividades para qual fui designada. A princípio, me apresentar ao prefeito e à secretaria de educação, como representante da Universidade e, depois colocar faixas de boas vindas aos visitantes em nome da UNEB, enquanto parceira da SEC e Unidade Formadora do Programa TOPA. Foi uma trabalheira! Fiquei acordada até umas 02:00h da manhã, mas no final deu tudo certo. Após a Aula inaugural, houve festa na cidade com direito a trio elétrico e tudo.

Entrada do Município de Coronel João Sá (pela Bahia)
A UNEB em parceria com o TOPA
Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu! Comemoração da galera!

A volta foi bem mais tranqüila, pois optei por vir pela Linha Verde (outra coisa, nem tem comparação). Sem falar que aproveitei o embalo e dei um pulinho a Aracaju, a final de contas, também sou filha de Deus! (risos)
Foi muito legal! Valeu à pena!

Aproveitando em Aracaju numa boa!

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